O problema sou eu?

Um cara X te chama para viajar na quinta-feira e no sábado posta fotos no Instagram com a nova namorada. Um cara Y diz que não pode te encontrar no domingo porque irá a um evento numa cidade vizinha, mas no dia do ‘evento’ posta foto – na sua própria cidade – e marca uma menina aleatória. Um cara Z te convida para tomar um café – na cafeteria-  e depois pergunta se você quer subir para o apartamento dele. Um cara W – que tem namorada – pede para conhecer seu novo apartamento e se oferece para levar vinho para comemorar.  

Eu tenho situações para todas as letras do alfabeto, infelizmente. A mais comum é o cara sumir e depois aparecer como quem não quer nada e te chamar para ir à casa dele, como se eu fosse uma espécie de Ifood.  Todas essas situações me fizeram olhar para dentro. O que todos esses caras têm em comum? Será que dei margem para me tratarem assim? É o meu dedo podre? Tudo isso aconteceu com tanta frequência nos últimos tempos que foi impossível não parar, respirar e pensar: ‘o problema sou eu? ’

São as minhas piadas? Meu jeito de brincar com tudo? É o fato de eu ser livre e fazer o que eu quero e na hora que eu quero?  Hoje, eu não tenho a resposta. Só sei que é muito ruim ser tratada feito um objeto e, o pior, um objeto descartável.