DEVANEIOS,  Viagem

Mochilão – Foz do Iguaçu, Argentina e Paraguai (Parte 1)


Algumas pessoas me perguntaram sobre o mochilão que fiz semana passada ( 07/04 à 13/04), então vou responder tudo aqui nesse relato. Vamos por partes.
DINHEIRO
Muitas pessoas perguntam se vale a pena comprar com Real no Paraguai. Então, depende. Cada loja faz a sua própria cotação. Se o dólar estiver barato, não exite em comprar  porque tudo lá em Ciudad del Este tudo é vendido com dólar. Só lembrei de comprar os dólares no sábado a tarde, mas todas as casas de câmbio estavam fechadas. Deixei para comprar no domingo mesmo (7/04) em uma que fica aberta 24h no Aeroporto JK. Quando cheguei lá, os dólares tinham acabado ( ¬¬) e os pesos argentinos só são vendidos lá sob encomenda. Ou seja, viajei só com real mesmo.  Obs: o máximo que eles vendem de dólar nessa casa de câmbio são R$300.
Saí de Brasília às 20h10 com destino à Foz do Iguaçú e escala em Curitiba. Voo tranquilex, pessoas bonitas e interessantes desceram em Curitiba =( haha. O problema é que lá demorou muito tempo. Quase 1h. Cheguei em Foz às 00h30. Aeroporto pequeno. Você desce praticamente na pista de pouso. A mochila demorou uma eternidade para aparecer na esteira. O taxista que estava me esperando quase teve um treco porque achou que eu tinha sumido. Contratei um táxi daqui porque cheguei numa hora super nada a ver para poder pegar transporte coletivo, mas lá é super tranquilo de ônibus. A passagem custa R$2.90.
ALBERGUE
Fiquei hospedada no Katharina’s house, um albergue bem legal no centro de Foz e ao lado do Terminal de Transporte Urbano, famoso TTU. A diária custa R$35, mas como eu sou hiper mão de vaca, preferi pagar R$ 25 e ficar sem o café da manhã. Haha O albergue é de um casal, ele é argentino e ela grega.  Eles falam um portunhol que dá para entender e te ajudam em tudo. Pessoal gente boa. Fiquei num quarto com 12 camas e banheiro privado. Nesse dia o quarto estava vazio. Só tinha uma garota do Rio de Janeiro. Obs: banheiro com chuveiro quente.
Dia 8/04
Acordei às 7h, perguntei para a minha companheira de quarto, que esqueci de perguntar o nome, em que parada de ônibus eu deveria descer quando voltasse dos passeios. Ela me aconselhou a descer no TTU mesmo. É realmente do lado. Menos de 5 minutos andando. Perguntei para a María, dona do albergue, que ônibus eu deveria pegar para ir às Cataratas do Iguaçú do lado brasileiro. Ela me aconselhou a pegar o ônibus 120. Tem uma parada de ônibus em frente ao hostel. Antes de ir para a parada, dei uma passada na padaria que fica do lado do albergue. Café da manhã muito mais barato que os R$10 cobrado no hostel. (Um pão de queijo grande custa apenas R$0,75. De graça). Enfim, peguei o ônibus (R$2,90) e pedi para descer nas Cataratas. Tinha muito turista no ônibus, inclusive estrangeiros. São mais ou menos 30 minutos.
CATARATAS – lado brasileiro
A entrada no Parque Nacional do Iguaçú custou R$25 (brasileiros). Visitantes de países pertencentes ao Mercosul pagam R$ 32, turistas de outros lugares do mundo tem que desembolsar R$40,80 e moradores da cidade apenas R$ 7,80. Logo na entrada pegamos um ônibus panorâmico para ir até as Cataratas. O Parque é enorme e com muito verde. Lindo! Quem vai fazer trilhas, rapel ou fazer o passeio Macuco Safari (aquele barco que vai atéééééé debaixo das Cataratas) deve descer antes. Como eu não ia, continuei no ônibus. 10 minutos depois chegamos ao terminal. Daí você entra numa trilha para ir à Garganta do Diabo. Durante 1h de caminhada, dava para ver as Cataratas de lado e o povo já se deslumbrava e parava para fotografar. No caminho, tem sempre uns fotógrafos querendo te fotografar. Se eu não me engano, cada foto custava R$ 20 ou R$ 25. Não compre essas fotos laterais. Se é para comprar, que compre lá na Garganta.
Enfim, depois de 1h cheguei na Garganta (é aquela plataforma que sempre aparece na televisão. Lá você vê as quedas d’água de pertinho.) Que lugar magnífico! Você não sabe se tira foto, se observa, se fecha os olhos e sente a água molhando seu rosto. O sentimento é de paz. Fiquei lá por uns 45 minutos. Não queria ir embora nem a pau, mas a vida tem que seguir. Saindo dessa plataforma tem uma lojinha de lembrancinhas. Dei uma parada rápida para trazer presentinhos para minha mãe. Do lado da plataforma tem um elevador para o mirante. Lá, dá para ver tudo. É de tirar o ar. Nesse meio tempo, muitos paraguaios, chilenos e argentinos pararam para conversar comigo. Todo mundo muito gente boa, mas infelizmente eu não tava entendendo quase nada. Hahahahaha. Cheguei no Parque às 9h e saí às 11h.
Você tem que fazer todo o percurso de volta, ficar no terminalzinho do Parque e esperar o ônibus que te leva para a entrada. (Esse ônibus e o panorâmico são gratuitos). Saí do Parque Nacional das Cataratas e atravessei a rua e fui para o Parque das Aves.
PARQUE DAS AVES
O Parque das Aves tem cerca de 1.000 aves de  150 espécies brasileiras, aves exóticas, cobras, emas, jiboias e borboletas. É o maior parque de aves da América Latina. Algumas aves ficam presas e você as vê do lado de fora, e outras você vê dentro da própria jaula delas. Você passa do lado dos tucanos. Eles muitas vezes bicam seu tênis, mas são dóceis. Eu, que tenho pavor de aves, quase tive um troço. O coração bateu acelerado. Tenho tanto medo, que não tenho nenhuma foto com os pássaros. Tirava só deles e saia correndo. No final do passeio, você pode tirar uma foto segurando uma arara OU passando a mão em uma cobra. Lógico que eu preferi a cobra. Haha. A entrada para brasileiros custa R$20.
Peguei o ônibus (nº 120) de volta para o Centro de Foz por R$ 2,90. Desci no TTU e andei até o hostel. Na rua de baixo tem um restaurante simples, mas com comida gostosa. Paguei R$6 pelo prato. Levei um puxão de orelha da dona do restaurante porque fui almoçar às 14h. O pessoal lá come mais cedo. o.o Almocei e voltei para o albergue para trocar o tênis por sandálias. Gente, Foz do Iguaçú faz MUITO calor durante o dia e um friozinho bom de madrugada. Fui para o ponto de ônibus e perguntei para o porteiro de uma clínica de ortodontia, que fica atrás da parada, qual ônibus eu deveria pegar para ir ao Marco das Três Fronteiras. Ele não tinha ideia, mas foi super gentil ao deixar seu posto, parar um ônibus e perguntar para mim.
MARCO DAS TRÊS FRONTEIRAS
Enfim, peguei a linha 103 (R$2,90) para um bairro chamado Porto Belo. O motorista disse que passava perto do Marco. O bairro é bem simples e diferente do Centro de Foz. O ônibus foi até o final desse bairro e o cobrador de ônibus disse que eu deveria subir a rua e que lá no final ficava o Marco.
O problema é que não era uma rua, era uma estrada, quase um bosque. De um lado tinha um campo baldio, do outro, milhares de árvores, e nada de calçada. Você tem que andar na pista mesmo. Um detalhe super importante: não tem UMA pessoa andando ali. Nesse momento me arrependi amargamente de ter deixado meu canivete no albergue. Nunca se sabe. Fui andando com o sol de 15h rachando a minha cabeça. A pista era infinita. Uma descida sem fim. Eu não estava mais suando de calor e sim de medo. Acho que naquele lugar não tinha nem fantasma. Apenas um cachorro me seguia. Fiquei feliz por sua companhia.  Depois de 30 minutos de caminhada no meio do nada, finalmente cheguei ao Marco e estava cheio de turistas, que foram de excursão. (Pessoas espertas).  No Marco você vê, literalmente, os três países (Brasil, Argentina e Paraguai). A única coisa que os separa é o Rio Iguaçu. Você consegue estar em 3 lugares ao mesmo tempo. É uma parada obrigatória para quem visita Foz, mas aconselho que vá que excursão ou táxi. Só vá de ônibus se estiver de galera e não sozinha, como eu.
Fiquei lá apenas por 30 minutos porque não queria voltar no escuro nem a pau. O ônibus da excursão já tinha ido embora. Peguei meu chapeuzinho e fui subindo a ladeira de volta. No caminho um motoqueiro me ofereceu carona. Claro que não aceitei. Continuei andando até uma lanchonete, que estava fechada, e era o ponto de ônibus. Sozinha, no meio do nada, esperei o bendito ônibus 103, que passou depois de 20 minutos.
Voltei para o albergue e o quarto já estava cheio. Tinha a Bruna (São Paulo), Sheena (Inglaterra), Lisa (Dinamarca), Sophie (Dinamarca) e duas meninas da Alemanha que não conversaram com ninguém. A menina do Rio de Janeiro já tinha ido embora. A lógica do albergue é assim. Muita gente chega e muita gente vai embora. Tudo muito rápido. Enfim, tomei banho e desci para o bar do albergue. Os estrangeiros estavam morrendo de tomar caipirinha e eu pedi um sanduíche bauru e um chá de erva-doce. Haha Não interagi com ninguém porque estava morta de cansada. Subi para o quarto e dormi lindamente apesar do frio da madrugada. FIM DO DIA 8/04.
Obs: O RELATO CONTINUA
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