América do Sul

Mochilão – Buenos Aires e Montevideo (Parte 1)

Resolvi me infiltrar na viagem do meu irmão e fiz outro mochilão. Dessa vez, para Buenos Aires e Montevideo. Foram 7 dias (29/06 a 06/07) de muito frio e vento gelado na cara.
Saímos de Brasília às 13h do dia 29 de julho e fomos para São Paulo.Ficamos mofando em Guarulhos até 18h. A agente de imigração não perguntou nada. Só pediu o documento pessoal e a passagem. Vale lembrar que você pode viajar somente com a carteira de identidade ou passaporte. Nada de CNH.
O nosso voo foi pela GOL e tivemos a grata surpresa de embarca em uma avião novíssimo. É o novo modelo da Boeing com design Sky Interior. O interior do avião é belíssimo. Tem um ar futurista e é muito mais confortável pois o espaço entre as poltronas é de 79 cm. Só para deixar claro, ESSE NÃO É UM POST PAGO, mas a GOL é a primeira empresa de aviação da América do Sul a ter aeronave 737-800 Next Generation com o padrão Boeing Sky Interior. Mas o que tem de legal nisso tudo? A sensação futurística que nós temos no voo. O teto da aeronave é iluminado por LEDs e simulam o dia e a noite. Sou apaixonada por coisas futurísticas e adorei esse avião. Recomendo.
Foto: GOL
Mas voltando para a viagem, antes do avião sair do pátio do aeroporto, os comissários de bordo explicaram que deveriam fazer um procedimento recomendado pela Organização Mundial da Saúde. Eles pegaram um inseticida antialérgico, de acordo com eles, no estilo Baygon e saíram jogando isso no corredor de uma ponta a ponta. O cheiro é muito forte. Eu tenho rinite e me senti sufocada e com falta de ar. (Da próxima vez vou levar uma máscara. Sério). Fiquei sem entender muito bem esse procedimento porque eles não explicaram nada. Assim que voltei de viagem fui pesquisar e descobri que esse procedimento é uma prerrogativa do país de destino. São exigidos por países que erradicaram ou estão quase erradicando doenças transmitidas por mosquitos e parasitas. Como no Brasil ainda temos muitos casos de febre amarela, dengue e etc, o procedimento é exigido.
Não vamos entrar na vibe complexo de vira-lata. O Brasil também exige dedetização de voos vindos do Peru, Bolívia e Colômbia, por exemplo.
Enfim, depois de todos os espirros, falta de ar e sufocamento, finalmente, decolamos. O voo não foi nada tranquilo. Por várias vezes pensei que iria morrer por causa das turbulências, mas 21h15 estávamos pousando no Aeroparque Regional Jorge Newbery, que é o aeroporto dentro da cidade. Descemos na pista e fomos para o ônibus que nos levaria para dentro do aeroporto. O trajeto avião-ônibus não durou 2 minutos e eu quase morri congelada. A diferença do clima seco e quente de Brasília pra o frio e úmido de Buenos Aires foi gritante. Eu juro que meu queixo começou a tremer. Não é exagero e eu não estava com shortinho da nova loira do Tchan. Estava bem agasalhada para o nível de Brasília. Então, levem o casacão na bagagem de mão e vistam antes de sair do avião. (Obviamente deixo a dica para quem vai no inverno).
Fomos para a fila enorme da imigração. O agente de imigração começou a falar sem parar. Não hablo nada de espanhol. Só entendi ele falando Xuxa e Tancredo Neves. Não sei qual foi a conexão dos dois, mas eu ri. Interpretei como uma piada. Tomara que tenha sido uma piada. Tirei foto, deixei minha digital, falei o número do voo que vim, o endereço que iria me hospedar e adios. É só isso. Como eu não fui com passaporte e sim com o RG, ele imprimiu um papel, tipo nota fiscal de supermercado, e carimbou esse papel. Você não pode sumir esse papel por nada nesse mundo. Caso contrário, não sai da Argentina. Enfim, me deram 90 dias para ficar por lá.
Depois da imigração tem um Free Shop que não tem nada demais. O de Puerto Iguazu que eu achei ruim, era bem melhor que esse. Haha (http://detalhesdiarios.blogspot.com.br/2013/04/mochilao-foz-do-iguacu-argentina-e_17.html). Depois do Free Shop pegamos as malas e fomos de táxi ($70) até o albergue que ficava na Recoleta. Deixamos as coisas no quarto e fomos dar uma volta na cidade. Eram 00h e estava fazendo uns 11ºC, e havia muitos jovens nas ruas. Cada um com uma garrafa de vinho embaixo do braço e bebendo sentados nas calçadas. Os restaurantes próximos estavam com filas enormes, e esperar no meio da rua e no frio não era uma opção. Fomos em um dos milhares de quiosques que tem na cidade e que ficam abertos 24h. Eles dizem que são 25h. (??). Quem sou eu para discordar?
Compramos uns lanches e fomos pagar. O moço do quiosque estava sem moedas e não tinha como dar $0,05 de troco. Observem a conversa:
Ele: Estou sem troco. Você aceita uma balinha?
Meu irmão (Douglas): Não.
Eu: Sim
Vendedor: o.o (Cara de espantado). Estou sem troco. Você aceita uma balinha? [2]
Douglas: Não
Eu: Sim
Vendedor: o.o (Cara de espantado) [2]
Eu para o Douglas: Ele está sem troco e perguntando se você quer uma balinha de troco.
Douglas: Ahhhhhhhhhhhhh. Sí, sí.
Vendedor em pensamento: Ufa!
Saímos gargalhando do quiosque e voltamos para o albergue.
Eu: Douglas, o que você tinha entendido?
Douglas: Eu pensei que ele estava perguntando se eu queria comprar balinhas.
E assim começou a sucessão de micos.
Obs: Nós dois não falamos nada de espanhol.
Obs²: Esse não foi um post pago.

 

Obs³: O próximo post vai ser só sobre o albergue. Todo mundo precisa saber o quanto foto de internet engana.  
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