Circuito Especial – Usina de Itaipu (Foz do Iguaçu)

Mariana de Ávila*

Quando soube que ia à Foz do Iguaçu, logo tratei de me organizar para conhecer o máximo de lugares possíveis na cidade. Uma semana antes da viagem, fiz uma reserva para conhecer a Itaipu Binacional. A Patrícia, aqui deste blog, me recomendou fazer o Circuito Especial. E eu acatei a sugestão.

Uma semana antes da viagem, liguei para o número 0800 do site e reservei vaga para o passeio do dia 2 de setembro, às 10h30. Quando agendei a vista por telefone, me passaram um código que eu deveria apresentar no dia que chegasse. No dia da visita, peguei um ônibus na parada em frente ao McDonald’s, no Centro de Foz (é super tranquilo se locomover de ônibus na cidade).

A recomendação é chegar com 30 minutos de antecedência. Como era meu primeiro dia na cidade e sou meio neurótica com horário, saí cedo do hotel e consegui chegar com uma hora de antecedência. Uma das atendentes, muito gentil, perguntou se eu queria antecipar meu horário para às 10h. Aceitei. A mudança de horário não teve custo adicional.

Há várias opções de passeio para quem conhecer o Complexo Turístico de Itaipu: Visita Panorâmica; Circuito Especial; Iluminação da Barragem; Refúgio Biológico; Ecomuseu; Polo Astronômico; Test Drive Veículo Elétrico e Porto Kattmaran. Cada passeio possui características e preços específicos. Para saber detalhes de cada um deles, acesse o site de Turismo da Itaipu (https://www.turismoitaipu.com.br/).

Queria ter ido em todos, mas o tempo e o dinheiro só permitiram que eu fosse no Circuito Especial. Essa opção é recomendada para quem quer conhecer a Usina por dentro e por fora. O passeio atende bem ao que se propõe e os guias costumam ser bem simpáticos.

Então. Ao passeio…

A primeira parada para quem escolhe o Circuito Especial é em um auditório, onde é exibido um filme contando a história da Usina, da construção, passando dados e números. É um filme bem bacana que já passa a dimensão da grandiosidade de Itaipu.

Depois, todos devem deixar as bolsas em armários. É preciso comprar uma fichinha para trancá-lo. Para o passeio, é importante estar com sapato fechado e bermuda abaixo do joelho. É permitido fotografar e filmar durante todo o passeio. A única recomendação passada pelo guia foi evitar gracinhas do tipo: se há uma placa recomendando ‘Perigo! Não ultrapasse a linha’, não tire uma foto ao lado da placa ultrapassando a tal linha. No ônibus, já tem água mineral. Ao longo do passeio, você vai precisar. Então não precisa gastar dinheiro comprando.

Nossa parada seguinte foi próxima ao “Mirante do Vertedouro”. Infelizmente, não descemos nessa parte. O motorista parou e deixou que as pessoas tirassem fotografia e filmassem do próprio ônibus. Não tivemos a sorte de ver o vertedouro em plena atividade. Na verdade, poucos visitantes conseguem. As comportas costumam ser abertas somente em períodos de muita chuva. Aliás, é justamente pra isso que o vertedouro serve: escoar o excesso de água. De acordo com informações do site da Itaipu, a capacidade máxima de descarga é 40 vezes maior que a vazão média das Cataratas do Iguaçu. É muita água!

A próxima parada é na “Estação Mirante Central”. È nesse momento que o visitante tem uma visão panorâmica da barragem e do vertedouro. Logo em seguida, fica a “Estação Barragem de Concreto”. Dá pra ter uma boa visão do reservatório da usina e do rio Paraná.

Se já estiver cansado, sugiro que beba água. Ainda tem muito coisa. Embora tenha um preço um pouco salgado, o passeio é bem completo e vale a pena pagar por ele. Para seguir percurso, o uso do capacete é obrigatório durante todo o resto da visita, por motivos de segurança. Pronto?

Então agora é a hora da “Estação Catedral”. Fica no interior da barragem e possui uma estrutura côncava que lembra uma catedral. Nessa parte, o visitante passa bem ao lado dos condutos, que são grandes tubos brancos. Em cada um deles, pode escoar até 700 mil litros de água por segundo, o que equivale aproximadamente a metade da vazão das Cataratas do Iguaçu. É água demais! Se você colocar a mão nos tubos (não se esqueça de fazer isso), dá até pra sentir a vibração.

Seguindo o circuito, a próxima parada é na “Estação Sala de Comando Central”.  Do alto, podemos ver os técnicos que controlam a operação da usina trabalhando. São onze pessoas trabalhando. Por ser binacional, tudo é bem dividido: cinco brasileiros e cinco paraguaios. Ué, e o 11º funcionário? O 11º cargo é dividido: durante seis horas, um brasileiro; nas próximas seis horas, um paraguaio. E isso acontece durante 24 horas.

 Dando continuidade ao passeio, os visitantes conhecem agora a “Estação Galeria”. Aqui dá ver as tampas das 20 unidades geradoras. Como tudo na Itaipu, é um lugar que impressiona pelo tamanho. Possui um quilômetro de extensão; por isso, é comum que os trabalhadores usem bicicletas e carrinhos elétricos para se locomover ao longo do amplo espaço. Há, inclusive, uma recomendação de onde se pode andar a pé, já que a maior parte do espaço é usada para locomoção em algum veículo.

Para fechar o passeio, o visitante pode ver bem de pertinho uma turbina em plena atividade. Para chegar lá, é preciso ir de elevador, que fica próximo à “Estação Galeria”. O lugar é abafado e barulhento.

Depois disso, o ônibus volta para perto dos armários onde as bolsas foram guardadas. Há uma lojinha para comprar lembrancinhas e lugar para comer. Pra quem quer conhecer e ter a real noção do tamanho da Usina, o Circuito Especial é altamente recomendado. Se você fizer algum dos outros passeios, passe aqui e conte como foi nos comentários.

Aproveite!